Segundo dados do Instituto de Registro Imobiliário do Brasil, ocorreu uma alta de 30% nos financiamentos imobiliários no primeiro trimestre de 2024. E essa não é a única novidade: há uma nova linha de financiamento disponibilizada pela Caixa Econômica Federal.
Neste artigo, você vai entender como será esse novo financiamento e como o CDI pode impactá-lo. Assim, você evitará surpresas caso opte por utilizá-lo para financiar seu primeiro ou próximo imóvel.
O que mudou na nova linha de financiamento da Caixa Econômica?
A Caixa Econômica Federal trouxe uma novidade para quem busca crédito imobiliário: uma nova linha com juros pós-fixados, calculados a partir de 114% do CDI (Certificado de Depósito Interbancário). Esse modelo foi criado para atender clientes interessados em imóveis acima de R$ 1,5 milhão ou aqueles que já têm um financiamento habitacional ativo na Caixa.
O prazo para pagamento é de até 360 meses, e o sistema de amortização é o famoso SAC, em que as parcelas começam mais altas e vão diminuindo com o tempo. Mas, atenção: o FGTS não pode ser usado nessa modalidade, já que ela opera pelo Sistema Financeiro Imobiliário (SFI) e usa recursos livres do banco, sem subsídios.
Outra diferença é que a nova linha foca em imóveis prontos, sejam eles novos ou usados. A taxa, atrelada ao CDI, acompanha a variação da Selic, então, dependendo do cenário econômico, pode ser mais vantajosa ou não.
Por exemplo, hoje, uma taxa de 114% do CDI equivale a aproximadamente 12,35% ao ano, o que é maior do que as taxas fixas oferecidas por outros bancos.
A Caixa justificou o lançamento como uma maneira de ampliar as fontes de financiamento habitacional, já que a poupança, principal base do SBPE, está com recursos limitados.
O que é CDI e como ele impacta na nova linha de financiamento?
O CDI (Certificado de Depósito Interbancário) é como o termômetro do mercado financeiro brasileiro. Ele mede a taxa média que os bancos cobram entre si quando precisam emprestar dinheiro por um curto período, geralmente de um dia para o outro.
O CDI acompanha bem de perto a Selic, que é a taxa básica de juros definida pelo Banco Central, usada para equilibrar toda a economia. Em resumo, se a Selic sobe, o CDI também sobe, se a Selic cai, o CDI faz o mesmo.
Mas afinal, como isso entra na nova linha de financiamento da Caixa? As taxas de juros dessa modalidade são atreladas ao CDI. Ou seja, em vez de uma taxa fixa, como em alguns financiamentos tradicionais, o custo do crédito vai flutuar conforme o CDI. No caso específico da Caixa, a taxa começa em 114%.
Isso quer dizer que o cliente pagará 114% da média diária do CDI no ano, além do percentual adicional que varia com o perfil do cliente e o prazo do financiamento.
Por exemplo, se o CDI está em 10,85% ao ano, a taxa final do financiamento será algo próximo de 12,35%. A vantagem é que, se a Selic (e, consequentemente, o CDI) cair, sua taxa de financiamento também cai. Por outro lado, se a Selic subir, o custo pode aumentar. Essa flexibilidade é um diferencial, mas exige planejamento para evitar surpresas com oscilações econômicas.
Agora que você já sabe sobre a nova linha de financiamento da Caixa, leia também sobre outras taxas de financiamento imobiliário.