Segundo dados da Abecip, em 2023, houveram cerca de 251 bilhões de reais em concessões no país em financiamento imobiliário. Porém, nem todas as pessoas que estão realizando o sonho da casa ou apartamento próprios sabem exatamente quais as taxas que estão pagando.
Neste texto, explicaremos quais são os principais encargos de empréstimo habitacional e quais são as opções desse processo que podem ser escolhidas. Além disso, explicaremos quais são os custos que podem ser cobrados, para que você não tenha surpresas em seus pagamentos.
Taxas de financiamento imobiliário: o que são?
As taxas de financiamento imobiliário são encargos cobrados pelos bancos ou instituições financeiras quando elas concedem crédito para a compra de imóveis. É importante ter ciência deste valor, visto que eles influenciam diretamente no custo final a ser pago pelo bem.
Esse tributo é composto por diversos fatores, sendo o principal deles o encargo de juros, que pode ser fixo ou variável.
Quando ele é fixo, significa que ele permanecerá inalterado ao longo do contrato, o que proporciona mais previsibilidade de pagamento ao comprador. Já quando é variável, poderá oscilar conforme índices econômicos, como Taxa Referencial (TR) ou inflação.
Além dos juros, as taxas de financiamento podem incluir outros custos, como o seguro de vida, que protege o cliente em casos de falecimento ou invalidez. Caso, infelizmente, algum destes eventos ocorra, o seguro quita ou reduz o restante do financiamento, para que a dívida não seja transferida para herdeiros ou co-mutuários.
Outro tributo que pode estar presente é o seguro de danos físicos ao imóvel, que visa cobrir o valor de possíveis sinistros do bem comprado, como incêndios, explosões, quedas de raios, alagamentos e outras intempéries.
Esses encargos de financiamento imobiliário podem variar conforme o perfil do cliente, a instituição financeira e o momento econômico do país. Por isso, é importante sempre comparar as opções disponíveis no mercado antes de fechar contrato, para fazer o melhor negócio.
Quais são os tipos de financiamento imobiliário?
Existem alguns tipos de financiamento imobiliário que podem ser escolhidos conforme o valor do imóvel, quantidade de pagadores, entre outros fatores. Continue a leitura para conhecê-los e identificar a opção que melhor se adapta às suas necessidades:
Financiamento pelo Sistema Financeiro de Habitação (SFH)
Esse é o tipo de financiamento mais comum, sendo destinado à compra de imóveis residenciais de até um valor máximo estabelecido, que varia conforme a localização. Além disso, também é possível utilizar o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para abater o saldo devedor, permitindo com que a compra do imóvel seja mais acessível para a população.
Financiamento pelo Sistema de Financiamento Imobiliário (SFI)
Esse tipo de financiamento é utilizado para imóveis que não se enquadram nas condições do SFH, como no financiamento de propriedades com valor mais alto. Além disso, outra diferença é que o SFI não permite o uso do FGTS e não tem um limite de juros imposto pelo governo, o que pode resultar no pagamento de taxas mais altas.
Financiamento Associativo
Por fim, temos o financiamento associativo, que é uma modalidade utilizada em projetos de incorporação imobiliária, onde o financiamento é feito de forma coletiva, envolvendo os futuros proprietários desde o início da construção.
Quais são as taxas cobradas no financiamento imobiliário?
Além de diferentes tipos de financiamento, também existem algumas taxas que você precisará pagar ao financiar seu apartamento ou casa. Conheça-as a seguir para não cair em surpresas:
Taxa de juros
Essa é a principal taxa que define o andamento do financiamento, que pode ser fixa ou variável. Alguns bancos oferecem diferentes opções de taxa de juros, para que se encaixem em variados tipos de financiamento:
- Bradesco: é possível encontrar duas opções: a tradicional, que conta com uma taxa fixa anual de 10,49% mais a Taxa Referencial, e a Poupança com uma taxa de 10,66% ao ano, sendo uma parte fixa e a remuneração da poupança;
- Itaú: também adota uma taxa fixa de 10,49%, mais a TR para seu crédito imobiliário.
- Caixa: oferece diferentes opções de taxas de juros, incluindo valores a partir de 8,99% + TR ou IPCA, e até 11,50% ao ano para taxas fixas.
Taxa de administração
Alguns bancos cobram uma taxa para gerenciar o contrato de financiamento. Por exemplo, a Caixa Econômica Federal aplica uma taxa de administração mensal de R$ 25,00.
Seguros
É comum que os financiamentos incluam seguros, como de morte, invalidez permanente, bem como seguro de danos físicos ao imóvel. A Caixa, por exemplo, cobra uma porcentagem do valor do financiamento para esses seguros.
Taxa de avaliação do imóvel
A avaliação do imóvel é necessária para determinar seu valor de mercado e também pode gerar cursos adicionais. Para Caixa Econômica, essa taxa varia dependendo do tipo de financiamento, podendo ser fixa ou em um percentual do valor financiado.
Impostos e Registro
Além das taxas bancárias, o ITBI (Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis), os custos de registro e escritura do imóvel são despesas adicionais que também podem aparecer como custos adicionais.
Assim, entendendo quais são as taxas e tipos de financiamento imobiliário, você conseguirá se organizar financeiramente e avaliar se o sonho da casa ou apartamento próprios já pode se tornar uma realidade.
Você está pensando em fazer um financiamento imobiliário, mas não sabe quais são os passos relacionados a esse processo? Confira esse outro post em nosso blog no qual explicamos todas as etapas!